A Química por trás do Amor
Texto de Ana Freitas
Como o nosso corpo se comporta quando estamos completamente apaixonados.
Quando você está apaixonado, seu cérebro se comporta como se você estivesse sob o efeito de drogas. Aliás, de um coquetel: adrenalina, dopamina, serotonina e uma série de outras substâncias são liberadas na corrente sanguínea e nos impedem de pensar claramente, tomar decisões sensatas e, inclusive, de sermos nós mesmos.
É isso mesmo: se você não se reconhece quando está apaixonado, a ciência explica o porquê. Pura química: A adrenalina é a primeira substância que seu corpo produz quando você avista ou entra em contato – recebe uma mensagem, digamos – de alguém de quem esteja afim. É daí que vem a taquicardia, a tensão e o suor nas mãos: a adrenalina é o hormônio que nos coloca em ponto de ação, conhecido em inglês como “fly or fight”, isso é, atacar ou fugir.
Além disso, o corpo também libera dopamina, que é responsável pela sensação de prazer, uma espécie de recompensa a um estímulo. Este neurotransmissor também ajuda a formar hábitos. É por isso que você sente vontade de passar tempo com a pessoa de novo e de novo – e por isso que alguns relacionamentos chegam a níveis obsessivos. Quando você não consegue tirar alguém da cabeça, culpe a queda de serotonina no seu organismo.
Ao se apaixonar, os níveis desse hormônio ficam parecidos com os de quem tem transtornos obsessivos compulsivos, o que também explica quando algumas pessoas perdem a cabeça pelo amor.
Depois que você está junto com a pessoa e aquela paixão inicial esfria, a oxitocina, um hormônio liberado após o orgasmo e também durante abraços, por exemplo, desencadeia a sensação de conexão com o outro. Com o desenvolvimento do relacionamento, cada vez menos dopamina é liberada e o CRH (hormônio liberador de corticotrofina) entra em jogo: é ele que te faz se sentir desconfortável quando você fica longe do seu amor. Nos homens, aumenta o nível de vasopressina, uma molécula associada a comportamentos territoriais e que faz o homem querer proteger a parceira – e também aumenta fidelidade.
Da próxima vez que seus amigos te disserem que você mudou muito depois que começou a namorar: culpa da química.
Texto: Ana Freitas