Perdi muito tempo…
Empresto as palavras de Clarice para expressar o que a escrita expressiva representou em minha vida.
Ainda nos tempos da graduação, a inquietude que as palavras verbalizadas não conseguiam descrever, encontrou na escrita o canal de vazão.
Quando iniciei, não havia pretensão alguma em direcionar a escrita a alguma pessoa em específico. Foi apenas um “vomitar” de palavras embaladas em múltiplos e confusos sentimentos. Elas vieram timidamente. Chucras. Quando percebi a sensação de leveza proporcionada após a produção da escrita, fiquei motivada a soltar e explorar mais este recurso. Levei para a terapia, compartilhei com amigas próximas. Li e reli. Me encontrei. Me identifiquei. Até mesmo, em formato de blog, publiquei.
Perdi muito tempo… agora, já não perco mais. Ao encontrar esta frase de Clarice, uma onde de emoção revestiu meu corpo. Relembrei. Saudosamente memorei. Até mesmo, senti desejo de me encontrar novamente neste universo do mundo expressivo.
Diferente de um processo literário, a Escrita expressiva vem de encontro como uma ferramenta terapêutica, sem o objetivo de agradar ao leitor. O objetivo, é permitir que o escritor acesse suas emoções e canalize os sentimentos da forma que melhor lhe representa naquela momento. Acolher os sentimentos, e não repreende-los, é uma forma saudável para compreender o que este sintoma pode dizer de mim/ou do sujeito no momento Presente.
A expressão criativa pode ser encontrada nas mais diversas formas. Além da escrita, pode ser na musica, no canto, na dança, na pintura, modelagem, jardinagem, desenho, entre outras, desde que proporcione um contato consigo mesmo, acolhimento do seu momento e “dar-se conta” de si enquanto Ser no Mundo.
Na Clinica de Psicologia – Mariane Manske Oechsler é possível participar da “Escrita Expressiva” módulo do Programa As Cores que Sou.