Prevenção ao Suicídio e Manejo do Comportamento Suicida
Prevenção ao Suicídio e Manejo do Comportamento Suicida. Curso. Psicologia. Comunidade Gestáltica. Ministrado pela Psicóloga Dra. Karina Okajima Fukumitsu. Florianópolis/SC. Período: 10 e 11 de maio de 2019. Carga horaria: 12 horas. Florianópolis/SC, 11 de Maio 2019.
Objetivo do curso: A partir da larga experiência da ministrante, o curso visa oferecer aos participantes uma reflexão consistente sobre o suicídio e instrumentalização no trabalho com os comportamentos suicidas, servindo também de base para a prevenção dos suicídios no Brasil.
Conteúdo programático: a) a compreensão dos suicídios e do comportamento suicida; b) avaliação do potencial do suicídio; c) manejo do comportamento suicida; d) processos de morrência existencial; e) processos de extrair flor de pedras.
Ministrante: Karina Okajima Fukumitsu – CRP 06/43624-6 – psicóloga e psicoterapeuta – experiência em Suicidiologia. Pós-doutora e Doutora pela USP – Mestre em Psicologia Clínica pela Michigan School of Professional Psychology (EUA), Especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto Sedes Sapientiae (SP), autora dos livros: “Avida não é do jeito que a gente quer” (2018); “Suicídio e luto; história de filhos sobreviventes” (2013); “pedras no desenvolvimento humano: um estudo fenomenológico” (2012); Coorganizadora da “Coleção GEstalt-terapia: fundamentos e práticas” (Summus Editorial); ministrante de cursos sobre suicídio no Brasil.
Destinado a profissionais que trabalham com a prevenção ao suicídio.
Resumo do curso (minhas anotações) em 10 e 11 de maio.
Contato: karinafukumitsu@gmail.com
Palestrante: Karina Okajima Fukumitsu
Suicidologia – especialização.
Manejo do Comportamento Suicida
Atualizando, em Santa Catarina ocorrem em média 13 suicídios/dia.
Karina utiliza o “Tsurus” como marca de sua batalha. A lenda de que a cada 1000 tsurus, obrem a cura. “Se tem vida tem jeito” (Karina).
O origami, arte de dobrar papel.
Mito de Sisifo, queria impressionar a morte. Rola a pedra na colina. Se chego no topo, e sei que a pedra vai cair, de que vale rolar para cima – tédio.
O problema maior é o suicídio. A indignação da forma destrutiva, tem poder de renascer da cinza – desenvolve indignação.
Suicído: impotência, não saber, falta de sentido de vida.
Eloculações: tenta entender o que levou ao ato.
“Você naõ é para sempre” (resgata o sentido de vida – oferece esperança).
Se todos morreremos, o que faz com que as pessoas queiram antecipar o sofrimento.
“Acolhimento ao sofrimento existencial”.
Exemplo caneta. Sou diferente. A caneta cai e não reclama. Ser humano.
Antidoto da indignação. Organismo x Campo x meio ambiente
Antidoto suicida: capacidade de ficar indignado.
Organismo tem a capacidade de ficar indignado. Auto suporte entendendo que eu tenho as minhas necessidades e o outro tem as suas expectativas. Colocar para fora o que foi colocado para dentro (introjeção).
Comportamento auto destrutivo (organismo vai para o meio ambiente e o contorna, voltando para o próprio organismo).
No momento que o meio agride, volta para si.
A capacidade de indignação se volta para si. Exemplo: preciso falar contido, e aparece dor de barriga.
Como vou lidar com o sofrimento do outro, se eu não me acolho.
Solo de acolhimento pode ser a cola dos fragmentos da vida.
Não atacar o suicídio, mas o foco que provoca o suicídio.
“Suicídio é um sofrimento existencial” – inteiro.
Suicídio é um ato definitivo para um problema temporário. O que faz que a pessoa se mate: o problema temporário. Quem esta perto: compreende. Quem esta longe: julga.
Comportamento Suicida – evolui o pensamento, planejando
Pensamento Suicida – pensa
OMS – causa de suicídio. O pensamento rígido, intolerância, inflexibilidade.
Sabedoria não é a cabeça, e estar inteiro.
“Estamos todos no mesmo barco, na condição de ser humano. Não podemos nos culpar do que sentimos. O que acontece é que não temos espaço para sofrer. Se quiser chorar não saia – fique.”
Auto respeito – entender que você está aqui. Nós somos as nossas escolhas e as nossas renúncias.
Limpeza interna.
Relato de vida: Doença autoimune – ADEM – desmielinização dos neurônios – processo auto destrutivo.
Ressignificação de percepção: processo auto destrutivo, organismo precisa projetar para o Meio Ambiente o que não esta bem. O -> M.A.
Quem não explode, implode.
Doença auto imune. Desprotegida precisa aumentar a imunidade. Não cuida de si, não se ouve, guarda tudo para si – implode.
“A verdade vai embora com aquele que se mata”.
Suicídio: multifatorial. Não é uma causa só. Superação é uma super-ação que exige energia maior para vencer.
“Insanidade é querer resultado diferente fazendo a mesma coisa” (Einsten).
Yallon, “Nem sempre o sol, nem sempre a morte deveria ser visto…”.
Personagem de desenho infantil: Gasparzinho – o fantasma camarada. Amigo fantasma querendo ter amigos. Faz dom que duvide do lugar que ocupa. Não se sente pertencente – ser visto. Nada é em vão, por acaso.
Tudo bem você sentir o que sente. Assim você confirma o sentimento. Possibilidade de ressignificação, e extravasar esta energia/sentimento.
A negação do sofrimento é o que causa maior perturbação. Confirmar, legitimiza. O que quer fazer com isto, é outro processo.
Processo auto destrutivo é repetitivo, é pedir repetidamente. Pedir confirmação da existência.
O suicídio é um ato de comunicação de uma dor sentida.
Como ajudar: perguntar como ela quer ser ajudada.
Processo de morrência: definhar que ocorre por algumas situações/depressão. Falta de sentido, concretizada pelo ato do suicídio. Age como pode responder a situação – ajustamento criativo. Quando não consegue – adoece.
Culpa a impossibilidade de viver todas as possibilidades (não da para estar dos dois lados, escolhas) – sintoma de onipotência.
Culpa é uma retroflexão: organismo – em direção ao meio ambiente – contorna e volta em direção ao organismo.
Do que você se culpa. É uma potencia de uma possibilidade do que não viveu (fez a outra escolha).
Antídoto da culpa: que forma pode ser neste momento. _Se soubesse, não teria feito diferente. Se perdoar pela ação/escolha que pode ter nesse momento (no aqui e agora).
Ruminação/pensamento repetir, pedir de novo uma nova possibilidade.
Onipotência
Potencia
Impotência
Quando somos colocados na posição onipotência – posição de SALVADOR. Salvar a dor. Intenso sofrimento.
Avaliação:
Comportamento suicida: grau de letalidade (0 – 10); grau de perturbação (0 – 10).
Letalidade: se a pessoa tem acesso a letalidade.
Possibilidade de internação com psiquiatra.
Pensamento rígido.
“Quem da mais do que pode, já esta dando o que não pode”.
Contrato inicial: para quem você pode liga? Solicita 2 pessoas de contato ou CVV 188.
Comportamento destrutivo (suicida) é repetitivo, não muda.
Aprender a dar limites.
Ansiedade gera uma extrema organização.
Valorizar a potencia
Quando estamos cansados somos assaltados por pensamentos que há muito tempo havíamos superado. (Nietzsche)
Ferida = ida-da-fé.
Apoio as perdas irreparáveis – Do luto a luta (livro).
Todo trauma provoca uma ferida. Trauma a primeira coisa é a fé ir embora. Desesperança.
Cortella “Não se desespir” – esperança do verbo esperançar e não de verbo esperar.
Contraponto do sofrimento é ofertar esperança. Não ocupar o lugar de onipotência. O que fazer juntos. Nova forma de salvar o problema.
“Cada um sabe a dor e a delicia de ser o que é”.
Salva vidas – Guarda vidas.
Guardião da vida. Empoderar o outro: potencia. Responsabilidade existencial. Habilidade para responder as situações.
Você não espera o problema (joga a caixa).
Quando faz as mesmas coisas, fica repetitivo. Cada um responde como foi capaz de responder.
Quando subestimamos, diminuímos a liberdade para criar. Responder dentro de sua capacidade. Exercitar superação pra responder a situação.
“Tendencia atualizante” Rogers. Cada um tem uma auto regulação organísmica. E quando subestima, não dá oportunidade de dar resposta genuína. Propriedade de ser que é , diferença na sua existência.
Apreciar a potencia.
Quando mais você quer entrar na forma, mais perde sua forma.
Capacidade de auto regulação.
Grupos suicidas (falta de pertencimento): segurança pública; profissional de saúde; professores; imigrantes; LGVT; doentes crônicos; queimados; transtornos mentais.
Na impossibilidade de lidar com desejos (M.A.), volta para si como auto agressão. (organismo – MA – contorna – volta para O como auto agressão).
O que gosta de comer, cheirar. O que te faz sentir vivo? Quais são os momentos gostosos?
Gostos na boca. Houveram muitos gostos que amargaram. Potencializar o bom.
“A vida é feito para nos surpreender”. “O que você faz, com o que é feito de você”.
Você não é o fracasso, você é a tentativa, você é a maneira como se levantou quando caiu.
Extrair flor de pedras, cuidar sem ter sido cuidado, dar o que não recebeu.
Kitsungi – pode rachado, preenche de ouro – restauro. As perdas são as melhores lições no currículo da vida.
Compartilhar esperança.
Perdas são experiências da vida.
Não precisa concordar com o sofrimento, aceitar/reconhecer que existe. Aceitar não precisa concordar. Olha a realidade e cria potencia para discordar.
Para sair do sofrimento somente entrando nele.
“Quando estiver cansado, não desista, procure outra forma de descansar”.
Nova forma de enfrentar.
Impermanência. Linguagem muito rápida.
Quem tolera a frustração. Não estamos conseguindo falar a linguagem dos jovens.
RAISE – elevar/levanta.
R = ressignificar
A = acolhimento
I = integralidade
S = sofrimento
E = existencial
ACHE
Acolher para Cuidar, Habilita para o Equilíbrio
Tríade do suicídio: impotência, não saber, falta de sentido.
Prevenção e pós venção: a pessoa que tentou se matar; a pessoa que teve a morte consumada.
Familiares de pessoas que tentaram suicídio, ansiosos. Ação rápida para salvar vidas.
Ressignificar para atualizar. Agua parada traz doença.
Pode acontecer do suicídio ser imitativo. A) como modalidade de enfrentamento; b) dificuldade de lidar com o medo do desconhecido, gera ameaça. A modificação da ação.
TRANS FORMA AÇÃO
TRANS – ir além
FORMA – de forma conhecida
AÇÃO – a partir da sua ação
Mudar a modalidade de enfrentamento.
Hereditário: transtornos mentais, esquizofrenia, borderline
Suicídio não é doença.
“Curador ferido”. Só curo as pessoas, porque eu conheço a dor desta ferida – entendo o sofrimento” (Karina).
Não pode se desconfirmar. Eu não sei o que fazer para ate ajudar. Você vai me ajudar a te ajudar.
Quando aprende que não precisa comprovar nada para o outro “forma” há liberdade! Forma.
A essência do ser é apenas SER.
Teoria paradoxal da mudança: mudar é se aproximar de quem você é! Eu habito em mim, na minha morada.
Propria otaria
Propriedade de mim
Auto respeito: olhar para nossos limites e se indignar. Auto respeito, se o outro não te respeita é problema dele, você precisa colocar limites.
Cometer suicídio – não se utiliza este termo (cometer) –
Quem mata quem quando o suicídio acontece.
Dom – intergeracional – filho de peixe peixinho é – gosto por musica; para o suicídio também se enquadra.
Família disfuncional – contexto suicídio – transmissão psíquica transgeracional.
O que ouviu dos pais – repete. Modalidade de enfrentamento vira introjeção; a singularidade do indivíduo vai variar conforme sua modalidade de enfrentar, ajustamento criativo.
Elefante branco na família (exemplo). Não tem como eliminar, mas precisamos aprender a filtrar.
Alcoolista – primeiro precisa se reconhecer no processo destrutivo – para se ressignificar.
Eu queria me matar! _ o que supostamente a sua morte resolveria? (investigar as fantasias que a pessoa que quer se matar tem).
OMS – pensamento rígido – somente se eu morrer eu saio do sofrimento. Na morte, tenta comunicar algo que não consegue. “Ambivalencia” – não quer se matar, mas quer matar a parte que traz sofrimento.
Tragédia coletiva. Causa e efeito só para fechar, não olha o ser humano.
Não tem uma única explicação. A verdade vai com quem se matou.
Luto: reação para situações de perda. Muda a maneira de lidar com a perda. Ressignificar. Aprende a incluir a ausência. Não colocar tempo determinado.
Programa RAISE – Ressignificação e Acolhimento Integrativo do Sofrimento Existencial
ACHE: Acolher – Cuidar – Habilitar – Equilibar
Três características do comportamento suicida (Who,2014):
- ambivalência;
- impulsividade;
- rigidez e constrição do pensamento (tunnel vision) e restrição dos ajustamentos criativos.
A cada 45 minutos uma pessoa tira sua vida no Brasil.
Suicido: violência auto provocada. CAPS – treinamento com agentes comunitários; programa precisa incluir ações diversas; suicídio é resultado de intenso sofrimento psiquicol
Na crise/evento:
- roda de conversa: máscara de oxigênio “equipamento”. Coloque em si primeiro, para depois ajudar os outros.
- Treinar coordenadores, professores para a roda de conversa.
- Como o professor da primeira aula após evento vai abordar os alunos
- Quem oferece acolhimento precisa ser alguém conhecido
- A equipe de linha de frente precisa ser acolhida e treinada
- Levantamento de sinais de alerta em palestra
- Mitos e pensamentos prejudiciais
- Sofrimento não se coloca adjetivos (nem coragem/medroso)
- Primeiro acolhimento para a equipe que esta em “carne viva”.
- Após a palestra: acolhimento
Sempre haverá a ideia de que o suicídio é contagioso. Preciso esclarecer que cada indivíduo é único.
Preparar a instituição, se basear na historia, pais haverão de criticar. O maior sofrimento é quando nega o suicídio.
Informar, mas não expor. Ter uma pessoa para ser referencial para a mídia.
- No gerenciamento de crise uma pessoa par fazer o acolhimento; devolutiva para a mídia/rede social;
- sinais de alerta (desespero, ansiedade, intensa raiva, querer sumir, cansado da vida) – ouvir, confirmar o sentimento;
- informar o que estão fazendo (treinamento);
Treinar grupo de crise:
- os colegas ajudam a identificar o comportamento suicida
- empodera o amigo “não é por acaso que você esta preocupado”. “Melhor ter amigo bravo do que amigo morto”.
- Livro: “Testemunho do adeus” – Maria Luiza Dias; “Crise suicida” de Cortella
“Você precisa me ajudar a te ajudar”. Criar juntos uma alternativa. “eu não entendo que a ajuda seja eu ficar quieto”. “quem você pode me dar de referência”.
Ambivalência, pensamentos rígidos, impulsividade. Ato suicida é impulsivo.
Exemplo pós atendimento psicológico: chama taxi, orienta motorista, trava porta, endereço indicado, não parar – ser o hetero-suporte.
Se não explode – implode. Deixar escoar o sofrimento.
Me da uma chance para te dar uma chance.
- Investigar o que a morte resolveria
- Investigar o que esta ruim que quer se matar. Planejamento
- Encaminhamento: habilitar significa criar encaminhamentos.
Exemplo aluno sem vinculo e referências. Pessoa mais próxima, ou pelo menos que não tem rejeição. Aproximação cautelosa. Pelo whatsap percebe que não esta bem – mensagens – posso ir na tua casas – fazer encaminhamentos (psicólogo, medico, telefone familiar).
Pedir permissão pra ajudar – fera ferida.
Chama a família se o familiar agride, também há sofrimento. Como esta a relação.
Reunião com pais: verdade vai com o morto; difamação sobre a instituição; duvidas se é o colégio certo para seus filhos; acolhimento pela equipe; reunião com pais; encontros; manejo de enfrentar o sofrimento.
Pais: processo auto destrutivo com adolescente
Adolescente: a) Processo de tolerância ao sofrimento; b) possibilidade de mudança/transformação.
Pensamento rígido: perfeccionismo, rígido. O rígido trinca. Os espaços dão flexibilidade. Nada esta no nosso controle. “Eu vou fazer minha parte e o Meio Ambiente faz o dele – ajustamento criativo.
Perfeccionismo trinca.
Auto mutilação: todo processo auto destrutivo implica em auto descoberta.
Síndrome Cushing =
A síndrome de Cushing consiste em uma constelação de anormalidades clínicas causadas por concentrações cronicamente elevadas de cortisol ou corticoides relacionados. A doença de Cushing é a síndrome de Cushing que resulta de excesso de produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), geralmente secundária a adenoma hipofisário. Os sinais e sintomas típicos incluem face em lua e obesidade do tronco, hematoma fácil e pernas e braços finos. O diagnóstico é pela história de utilização de corticoides ou descoberta de concentrações séricas elevadas e/ou relativamente autônomas de cortisol. O tratamento depende da causa.
Exemplo: hormônio do estresse – o corpo inchava quando via algo que chateava.
A vergonha acontece quando tenho um ideal. A solução as vezes é quando nos se preocupa som a sua reputação. Vergonha é a não aceitação que você pode se mostrar do jeito que consegue se mostrar. (ser que se é). “Você nunca vai ser que não sou; e é difícil ser que eu sou” (sic).
Suicidio pode ser a confirmação concreta da descontinuidade do sentido da vida (Fukumitso, 2013, p.19)
Esvaziamento – desalojamento de si – desertor. Desalojamento = viver de aluguel dentro de si.
As vezes você tem que morrer por dentro pra levantar das próprias cinzas e acreditar em si mesmo, e por si se tornar uma nova pessoa.
Comportamento auto lesivo não suicida: auto lesão como prisão que eclode na pele. Nem todos que se auto mutilam querem se matar.
“Não coça – não corta”; “não se mata – menos estresse”. Discurso que esta fora Meio Ambiente e incongruente. “Não me envergonho” – vergonha estar atrelada a um ideal.
“se não posso te contar da minha vida, eu prefiro me cortar”. Colocar a dor em mim do que aguentar a dor emocional.
Quem é traído, é porque foi atraído pela pessoa. Você deu seu melhor. Quem perdeu foi a pessoa. Precisa de tempo para cicatrizar.
Pessoa que sente culpa e é confluente, sentir culpa na relação, já identifica 2 pessoas.
A ferida é sentida por ser consentida.
Retroflexão: o organismo coloca contra si o que quer por no Meio Ambiente.
Implosão entre explosão:
Implosão (processo de comportamento suicida)
Entre (processo de auto mutilação – auto controle)
Explosão (doença auto imune – processo de adoecimento)
Pesquisar modos operantes – data.
Controle, o significado. Falhas no processo de regulação afetiva, cognitiva e social ocorreram ao longo do desenvolvimento infantil. Modelo Nok (2010) destaca 3 pontos:
- Auto mutilação repetitivo
- Comportamento mal adaptativo
- Risco auto mutilação – desejo de auto punição, por aprendizado social. Se lança na adicção para se subtrair. Como dar conta da dor.
Auto agressão – desejo de agredir o Meio Amabiente.
Morte como fascínio (adolescentes); impulsividade
Auto imune: local do choque. É possível trabalhar com o paciente.
Suicídio e sua prevenção:
- Fatores pré disparantes: histórico familiar; doença mental
- Fatores precipitantes: “ a ultima gota d’agua”
- O suicídio é a ponta do icberg (sofrimento)
- Lei para notificação compulsória – suicídio e comportamento suicida.
- Plataforma – internet – fiqueviva
- O que você gostaria de ter matado quando você tentou suicídio
- Me fala o que esta te fazendo sofrer. Acolher o sofrimento.
- Sobre a possibilidade de morrer e o que provoca o sofrimento.
Exercício: linha do tempo, eventos importantes (bons e ruins); tempo. “Se não chorar, vira dor de cabeça ou dor de barriga”.
Oswaldo Montenegro – Nossas histórias
Quando a sua história tira a minha para dançar
Como bailarina salta e gira sem cansar
Vence a gravidade e fica leve até voar
Vendo a gente toda a gente busca o seu par
Quando um coração se acalma e volta pro lugar
A esperança sonolenta acorda e vai brincar
Toda a melodia é um farol guia em alto mar
Quando uma canção consola alguém valeu cantar
Quando uma canção consola alguém valeu cantar
Quando a sua história tira a minha para dançar
Como bailarina salta e gira sem cansar
Vence a gravidade e fica leve até voar
Vendo a gente toda a gente busca o seu par
Quando um coração se acalma e volta
pro lugar
A esperança sonolenta acorda e vai brincar
Toda a melodia é um farol guia em alto mar
Quando uma canção consola alguém valeu cantar
Quando uma canção consola alguém valeu cantar
Observar a linha do tempo e marcar o tsunami na vida, ou que duvidei de mim. Entrar em contato com esse sentimento.
Musica: Ouvidos calados
Sobre a bela música “Onde mora o amor” do Documentário “Ouvidos Calados: revés de um parto “. Música e letra: Paula Cavalciuk
Ó, amigo Isso aconteceu Outra vez comigo Ó, amiga Isso já acometeu Tantas outras vidas Eu tenho medo de dizer Como me sinto E sinto tanto ao te ver assim Desiludido Mas te encontrei e vi No fundo, a dor que transbordou Mora onde morou O amor Ó, amigo, Eu também já andei Correndo perigo Ó, amiga Quando lhe acontecer Por favor, respira * Esta música do documentário não está nos CDS e em breve, teremos a versão tocando nas rádios! Com sua sensibilidade, sua música ecoou em meu coração desde o primeiro momento em que a ouvi. #PrevençãoaoSuicídio#posvenção#Comportamentosuicida
Atividade vivencial: Dois papéis: 1) rememorar; 2) observador (ser verbal, colo, testemunhando). Tempo, vinculo, espaço, confiança. “Deixar passar pela recuperação do que é dela. Observador foi testemunha ocular”. Linha da vida (em folha de papel com principais momentos):
- 27/02/71 – nascimento
- Ate 5 anos – brincadeira criança
- 5 aos 10 anos – + conflitos internos + MA
- 1981 – 10 anos – sair de Campo Largo – mudança para Jaragua
- 10 aos 14 – acolhida no grupo de JE + conflito (MA)
- 19 anos – casamento
- 1994 e 1997 – maternidade – nascimento dos filhos
- 2009 – terapia – meu renascimento
- 2011 – conclusão psicologia
- 2012/13 – grande dor – autonomia clinica – visita as origens/resgate
- 2015 – decepção
- 2016 – conclusão Gestalt – psicologia hospitalar + adequação da clinica.
O que você tem, todo mundo pode ter, mas o que você é, ninguém pode ser.
Indicação filme: Príncipe das Marés.
“Somos feitos de carne, mas temos eu viver como se fossemos feitos de ferro”.
“Se as pessoas existem para serem amadas, e as coisas para serem usadas. Porque amam-se as coisas e usam-se as pessoas?”
Própria pessoa que pode se dar o auto suporte. Sabedoria organísmica.
“nem toda fuga é doentia, nem todo contato é saudável.
Gasparzinho fantasma camarada: pulmão – órgão traduz tristeza. Pele= fronteira de contato.
Morte interdita (Philipe Ariés). E Escancarada (Kóvaes)
3 I’s = Intolerável / Interminável/ Inescapável
Quando paciente não quer medicação, sugere acesso a homeopatia, acupuntura, arteterapia, esporte. – algo para criar auto suporte. Ampliar além da psicoterapia.
Questionamentos:
- O que supostamente a sua morte resolveria (qual sofrimento)
- Você tem planejamento.
- Se existe: como você quer se matar
- Se for afirmativa/convicta – ligar para a pessoa do contato como fator de proteção. Devido ao grau de letalidade.
- Afastar dos meios letais. (potencialidade maxima – transtornos prévios e reinscidentes – com 60% de letalidade e agressividade)
AMARGURA
AMARCURA
Três aspectos necessários para o suicídio acontecer: ser morto, fazer morrer; querer matar
Quando acontece o Suicídio: ninguém é culpado. Quando há morte ou tentativa, a família tem necessidade de achar culpados. “Ninguém é culpado”.
A família esta com RAIVA.
Criança Indigo: terapeuta: filho acredita que não vai morrer: manutenção da vida; remédio; janela com chave; gilete; faca.
Livro: “Kaifka – cartas ao pai” – primeiro grupo violento e a educação que os pais impõe aos filhos (repetir modelos e expectativas dos pais)
Tríade: ser morto; querer matar; fazer morrer.
Fazer morrer: quer mudar. Eliminar o sofrimento passivo. Se quiser se matar, quem e como você que matar e como – avalia a agressividade.
Como prevenir!
- Sinais de alerta (verbais, comportamentais)
- Introjetos – crenças enrijecidas
Exercício: acolhimento. Pílulas de acolhimento. Enaltecer as coisas bonitas.
- Escrever carta para seu EU ferido e dizer que agora esta tudo bem
O dia em que eu decidi me amar, foi o dia que fez a diferença na minha vida. Se eu soubesse que iria se fechar desta forma, possivelmente eu não teria me entregue tão genuinamente. Quando busco nas minhas vivencias, memórias de tudo o que vivi, confesso que preciso agradecer. Foi o canal que possibilitou olhar para mim. Talvez uma das primeiras vezes em que consegui me despir da proteção e do medo. Foi lindo… Na minha memória guardo a construção de uma tríade – o TRIANE, nossas diferenças e ao mesmo tempo nossa força. Quantos sentimentos, ousadia. Toquei um lado desconhecido e cresci. Confiei, me entreguei, me despi de quem eu era. Ninguém tinha o direito de quebrar esta obra prima. Sobrepor ambições. A frustração de uma expectativa depositada num Outro ideal que se quebra, ao contato com o Outro Real que se apresenta. Uma pessoa totalmente diferente daquela que pensava que conhecia. Ainda hoje me questiono se houve mudança, ou se fazia parte de uma arquitetura geniosa. Apesar disto, sei que EU cresci. Eu sobrevivi. Eu experimentei me acreditar e acreditei. “Eu passei a ser minha melhor amiga”, as coisas não estão magicamente resolvidas, mas sei que tenho conquistado passo a passo. E não me envergonho. A ferida foi profunda, porque eu me deixei acreditar naquilo que eu via de bom. Hoje, não lhe desejo mal, mas para minha saúde também não lhe desejo por perto. Porque hoje, eu me amo. E quero ao lado, apenas pessoas que merecem minha companhia. “Amizade a gente conquista”, eu conquistei meu espaço – dia a dia. “E, se houve raiva, é porque houve amor”.
Mobilização de energia. Exercício: respira, puxa o ar, com raiva. Ler a produção e fazer na revista o que gostaria de fazer com o sentimento que chegou. Resgatando dos escombros. Tolerar o caos já é um desafio. Respeitar o caos. Respeitar o tempo. Sobreviver e tolerar.
Grupo de risco: mulheres que foram abusadas e se calaram.
Abusador: perpetuador – perpetua a dor – não precisa ficar paralisada.
Percepções diferentes, geram respostas diferentes. Colocar para fora o caos de dentro.
Frase anciã: “Disse a anciã: – não dói as costas, dói a carga; não dói os olhos, dói a injustiça…”
Raiva/mágoa – mata. Retrofletivo – energia contra nós.
Filme: “As vantagens de ser invivível”.
Como aceitar o luxo se só via o lixo.
Só aceita o amor que acha que merece
Só aceita o luxo ou lixo que acha que merece
Que lixo rinha vivido. Que luxo mereço.
Luxo de viver, de apropriar do que tenho.
Música:
Canção Ain’t Got No, I Got Life de Nina Simone
Não tenho casa, não tenho sapatos
Não tenho dinheiro, não tenho classe
Não tenho saias, não tenho nenhuma camisola
Não tem perfume, não tenho cerveja
Não tenho nenhum homem
Não tenho mãe, não tenho cultura
Não tenho amigos, não tenho escolaridade
Não tenho amor, não tenho nenhum nome
Não tenho ingresso, não tenho nenhum sinal
Não tenho Deus
O que sobre Deus? Deve ser: O que eu tenho?
Por que estou viva?
Sim, o que sobre Deus? Deveria ser: Sim, o que eu tenho?
Ninguém pode tirar
Tenho meu cabelo, tenho minha cabeça
Tenho meu cérebro, tenho minhas orelhas
Tenho meus olhos, tenho meu nariz
Tenho minha boca, tenho meu sorriso
Eu tenho a minha língua, tenho meu queixo
Tenho meu pescoço, tenho meus seios
Tenho meu coração, tenho minha alma
Tenho minhas costas, tenho meu sexo
Tenho meus braços, tenho minhas mãos
Tenho meus dedos, tenho minhas pernas
Tenho meus pés, tenho meus dedos dos pés
Eu tenho o meu fígado, tenho meu sangue
Tenho vida, tenho minha liberdade
Eu tenho a vida
E
eu vou mantê-lo
Eu tenho a vida
E ninguém vai tirá-lo
Eu tenho a vida
ATENDIMENTO INFANTIL
- Criança de 3 anos não tem compreensão que a morte é irreversível (morre com os jogos)
- Investigar o grau de perturbação, considerar criança maior – impulsividade
- Conforme a idade apresenta diferentes formas de lidar com o problema, varia entre a criança e o adolescente.
- Tolerância existencial
- Aceitação das diferenças
Exercício:
Ligue em 4 retas os 9 pontos, sem tirar a caneta do papel
O O O
O O O
O O O
Não precisa fazer sozinho, se não consegue, tenta mais uma vez, vai conseguir (provoca a experiência)
O O O
O O O
O O O
SAIR DO QUADRADO
- Entre 3 e 5 anos, não tem planejamento (jogos agressivos, matam para ficar mais forte, ressuscita) – mundo do faz de conta
- A partir dos 7 anos – já existe planejamento, no desenho, na escrita, apresenta interesse. Sinal de alerta.
Necessidade de comunicar. Reconhecimento, reinvestimento.
(“ninguém me protege/escuta. Para não sair do inferno”).
Comportamento suicida – Você questiona. O que supostamente a tua morte resolveria. Se têm vida tem jeito!