Sugestão de literatura – Arteterapia
Sugestão de literatura para quem tiver interesse em navegar pela Arteterapia
A ciranda das mulheres sábias:
Em ‘A ciranda das mulheres sábias’, a psicanalista e poetisa Clarissa Pinkola Estés reverencia a maturidade feminina e faz uma comovente e profunda homenagem àquelas mulheres que souberam acumular sabedoria ao longo de suas existências. O livro tem uma linguagem metafórica, que se assemelha às antigas histórias contadas de mães para filhas, e chega às livrarias na última semana de maio. Clarissa Pinkola Estés parte de um doce convite à leitora para que se acomode ao seu lado e deguste com ela a bebida que foi reservada para ‘uma situação especial’, a fim de que possam conversar sobre ‘assuntos que importam de verdade’ a duas mulheres, com a garantia de que ‘aqui sua alma está em segurança’. Seduzida por uma linguagem terna, emocionante e poderosa, a autora apresenta os encantos deste ‘arquétipo misterioso e irresistível da mulher sábia, do qual a avó é uma representação simbólica’ e que ‘não chega de repente, perfeitamente formado e se amolda como uma capa sobre os ombros de uma mulher de determinada idade’. O aspecto mais sedutor do livro reside, justamente, na representação simbólica contida nas avós. Das matriarcas da mitologia às avós dos contos de fadas, passando por aquelas anônimas de suas vivências profissionais, a autora chega às avós de suas tradições familiares, descrevendo de forma magnífica a chegada à América das ancestrais que passaram a fazer parte de sua vida familiar, aquelas ‘quatro velhas refugiadas que saltaram de enormes trens pretos para o nevoeiro noturno na plataforma onde nós as aguardávamos com grande expectativa’. Ao final, as nove preces de gratidão – por todas as idosas do mundo, pelas mulheres mais velhas matreiras, pelas avós nas cozinhas, pelas tias perspicazes, pelas filhas que estão aprendendo, por todas as filhas e velhas – representam um perfeito arremate ao prazer da leitura destas páginas plenas de luz, melodia, emoção e encantamento.
Cores, formas e expressão:
Claudia Brasil escreve com poesia suas experiências. Este livro une a teoria e a prática da arteterapia por meio da simplicidade com que Claudia relata a sua própria vivência. O seu trabalho na Casa das Palmeiras, os estudos da teoria de Jung e anos de prática como professora de arteterapia proporcionaram conhecimento e lhe possibilitaram observar como os materiais expressivos promovem a livre expressão do inconsciente. Essa é uma obra única porque relata a experiência viva de quem passou por um processo que teve como pilares a arteterapia, a prática da Dra. Nise da Silveira e os estudos da teoria de C. G. Jung. Esse livro é destinado àqueles que buscam, além do conhecimento teórico, entender os efeitos práticos do uso de recursos plásticos, como a colagem, a modelagem e a pintura aplicados à arteterapia. Os capítulos sobre o corpo e os sonhos complementam o olhar simbólico que os arteterapeutas e psicólogos junguianos buscam no seu trabalho.
Oficinas expressivas: 20 atividades:
Uma investigação sobre a imagem:
Este livro reúne pela primeira vez os ensaios que James Hillman escreveu sobre a centralidade da imagem psíquica na psicologia arquetípica e em sua concepção de terapia. Essa, inclusive, já foi chamada de “terapia focada na imagem”. São textos paradigmáticos que se tornaram já clássicos (escritos em 1977, 1978 e 1979) e que servem para o praticante da psicoterapia analítica entender de que modo Hillman elabora sua visão teórica a partir do alinhamento de psique e imagem feito por C.G. Jung. A psicologia arquetípica é herdeira dessa tradição que elabora uma fenomenologia da imagem como foco de sua prática.
Contos que curam: oficina…
A obra “Contos que curam” utiliza a simplicidade da linguagem simbólica para o desenvolvimento pessoal de forma lúdica, ética e leve. Sempre que se fala de contos, seja de fadas, ou em geral, há o pensamento de entreter e divertir as crianças. Porém, essas histórias são mais que um instrumento de diversão, elas são capazes de auxiliar no desenvolvimento humano e a prova disso é a obra “Contos que curam”. O livro reúne estudos, contos e oficinas de um grupo de especialistas para apresentar os significados e também as mensagens que as histórias transmitem, tanto para à mente consciente, quanto para à inconsciente. Na medida em que as narrativas se desenrolam, dão espaço à consciência, mostrando os caminhos para satisfazer as necessidades e os desejos, de acordo com as exigências do ego e superego. Ou seja, ocorre uma verdadeira transformação interior, que acaba transcendendo sobre toda a vida do indivíduo. O leitor descobrirá um valioso recurso que se esconde por trás da simplicidade das histórias: a linguagem simbólica. Por meio dela é possível explicar problemas, etapas ou fatos, que são direcionados ao inconsciente humano e sugerem perspectivas e alternativas. Dessa forma, crianças, adolescentes e adultos conseguirão ver as suas preocupações e desejos expressos. O público entenderá que os contos possuem ao menos cinco funções ou utilidades que influenciam a vida do ser humano: 1. Mágica: estimular a imaginação e a fantasia; 2. Lúdica: entreter e divertir; 3. Ética: transmitir ensinamentos morais e identificar valores; 4. Espiritual: compreensão de verdades metafísicas e filosóficas; 5. Terapêutica: encontrar nos personagens e situações referências para a vida, além da orientação para compreender o mundo interior e os conflitos. Esses e outros temas são abordados nas oficinas que constam na obra, com o objetivo psicopedagógico. Vale ressaltar que, ao trabalhar com os contos, o profissional deverá apresentá-los, permitindo que os participantes/ouvintes manifestem as suas opiniões e preferências, sem nunca julgar ou questionar negativamente. Na obra o leitor encontrará temas relevantes, como: autoaceitação, autoconhecimento, resiliência, gratidão, ressignificação, empoderamento, amor, entre outros. Todos especialmente selecionados para trabalhar o desenvolvimento humano e a regulação das emoções.
Contos que curam: a tradição oral como fonte de trabalhos Arteterapeuticos
O Conto de Tradição Oral é um patrimônio da humanidade que, ao longo de sua existência, provou ser útil no campo principalmente da saúde mental e emocional. Tornou-se um rico instrumento para todos que se interessam pela alma humana e, sobretudo, pela qualidade de vida do homem moderno.
Resumo:
O Conto de Tradição Oral é um patrimônio da humanidade que, ao longo de sua existência, provou ser útil no campo principalmente da saúde mental e emocional. Tornou-se um rico instrumento para todos que se interessam pela alma humana e, sobretudo, pela qualidade de vida do homem moderno.
Tornou-se um método para psicólogos, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, arteterapeutas, educadores, professores e para todos que trabalham no campo da saúde mental, emocional e corporal.
Neste livro, contos tradicionais que tratam de problemas da humanidade são utilizados para ajudar no manejo das questões, como ansiedade, medo, baixa autoestima, relacionamentos, morte etc. Mediante as histórias transculturais, ressentimentos e preconceitos também podem ser reduzidos. O livro apresenta, ainda, sugestões de como desenvolver um ateliê terapêutico com os contos. Contos e sabedoria popular são utilizados decisivamente para contribuir e promover uma gama de conscientização. Os contos apresentados no livro oferecem oportunidade de o paciente/cliente reconhecer a si mesmo, em termos alegóricos e, assim, ser capaz de estabelecer uma nova forma de confiança e segurança. É, portanto, o contar histórias um rico instrumento de transformação e cura.
Sumário
Prefácio
Contos que curam: a tradição oral como
fonte de trabalhos arteterapêuticos 9
Profa. Dra. Ideli Domingues
Histórias de uma contadora de histórias 13
A voz narradora – palavra-herança – palavra-revelação 19
Garimpo de contos 25
O conto nas raias da ciência 29
O conto de fadas a serviço do palco da vida: uma prática 39
A Arte Narrativa e o Contador de Histórias 49
Do método para contar histórias 55
Arteterapia com contos: crescimento e atualização pessoal 63
O conto tradicional como um bálsamo medicinal 71
Como posso entender a obra do paciente? 75
Contar ou Ler? 77
As Narrativas 83
Uma história em busca de quem a escute: a importância de se ouvir histórias – o que se aprende com isso 97
Os dois Cumpadis: Fé – Solidariedade – Espiritualidade 111
A Águia e a Galinha: Autoestima 123
Cinquenta anos de cortesia: relacionamentos 129
A cobiça: ambição. Luxúria 133
Para consertar o mundo conserte primeiro o homem: sustentabilidade 135
O vaso rachado. Inclusão – diferença 141
As três estatuetas de ouro: escolhas de amizades 145
A sacola de couro: espalhar ensinamentos 151
A flor púrpura: medos 161
Joias devolvidas: morte. Perdas 169
A linha mágica: ansiedade 173
Uma pitada das Mil e Uma Noites. Curiosidade, imaginação 183
Considerações finais 185
Referências 187
A dinâmica dos simbolos
Nesta obra, o complexo do eu e a Psicologia do Desenvolvimento são descritos pela primeira vez com base na Psicologia Junguiana, ao mesmo tempo em que há uma elaboração de novas idéias acerca da coerência do eu. O livro se nutre da emocionante tensão entre as explanações precisas sobre os fundamentos e técnicas da psicoterapia junguiana e os múltiplos exemplos de casos da prática terapêutica, que ilustram a teoria previamente exposta, tornando-se tangível e compreensível.
Linguagens, materiais expressivos em arteterapia
O fazer artístico, no processo arteterapêutico, por meio de suas múltiplas faces – colagens, fotografias, desenho, pintura, tecelagem, bordado, costura, mosaicos, assemblagens, construções, criação de personagens, máscaras, modelagens, escrita criativa, vídeo, teatro e movimento, permite a configuração de ‘comunicações únicas’ de acordo com a subjetividade de cada criador.